segunda-feira, novembro 20, 2017

'Mercado exclui mais os negros do que universidade'


O Dia da Consciência Negra, celebrado nesta segunda-feira, 20, representa um pedido de desculpas ao povo negro. É o que afirma o reitor da Faculdade da Cidadania Zumbi dos Palmares, o advogado, sociólogo, mestre em Administração e doutor em Educação, José Vicente, de 58 anos.Para ele, a data é momento de recordar a trajetória do negro no País, mostrar que o “apartheid social” não está resolvido e que o tratamento dado aos negros pelos antepassados não deve sair da memória. “Somos um país de 400 anos de escravidão negra e quatro milhões de escravizados. Nada mais justo, correto e legítimo que tivesse um dia para celebrar, relembrar, cultuar e até se desculpar enquanto país pelo tratamento dado a esse público por tanto tempo”.Na opinião de Vicente, a adoção da cota racial nas universidades “abriu uma brecha na porta”, mas isoladamente não garante oportunidades iguais a brancos e negros na sociedade, já que o mercado de trabalho ainda é um “paredão” a ser superado.

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