quinta-feira, junho 09, 2016

Advogado acusado de integrar o PCC é transferido para o RJ

A subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Itabuna, tentou evitar nesta quarta-feira (8) a transferência do advogado Anderson Sá de Oliveira, 43 anos, preso no último dia 16 de maio, durante a Operação Capitania, sob a acusação de integrar uma quadrilha no Rio de Janeiro. De acordo com o presidente da subseção, Edmilton Carneiro, existia risco à integridade física do advogado, caso ele fosse transferido para o RJ. Ainda de acordo com as informações, a transferência seria desnecessária, pois existia no Conjunto Penal de Itabuna uma sala destinada para videoconferências, onde ele poderia ser interrogado, e que o risco que corre é por ter denunciado uma juíza e policias do Rio. Além do mais, o presidente da OAB de Itabuna diz que “não existe processo formado, apenas um inquérito”, e que a prisão temporária de 30 dias já está para vencer. “A transferência dele é um ato perigoso”, classificou. Em Itabuna, Anderson Sá de Oliveira estava custodiado em uma sala isolada. Edmilton Carneiro ainda aponta que, na ordem de remoção, não diz para qual presídio ele será levado, assim como não diz se existe uma Sala de Estado Maior, destinada para advogados presos. “Tentamos reverter isso com a OAB do Rio e da Bahia, pois não há provas de envolvimento dele com o PCC. Ele vive de modo simples, o carro dele é velho. Essas pessoas ligadas a facções, geralmente, ostentam muito, e ele é uma pessoa simples. Tanto que a OAB daqui fez uma vaquinha para ajudá-lo a participar da audiência no Rio”, explicou, mas não obteve êxito. Carneiro ainda disse que a remoção do advogado, sem informar se há Sala de Estado Maior, fere as prerrogativas da categoria, e que, além disso, Anderson, enquanto defensor, teve sua conversa grampeada com um cliente. Nessa conversa, segundo Edmilton, teria sido cogitada a morte de uma juíza, mas que seria desabafo corriqueiro e não propriamente a articulação da morte da magistrada.

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