quinta-feira, novembro 26, 2015

Travestis pagam R$ 50 a cafetinas para 'trabalhar' na rua


A prostituição das travestis vai muito além do livre arbítrio de fazer o que quiser com o próprio corpo. Descer para a pista, em Salvador, está condicionado ao pagamento de R$ 50 por semana às cafetinas ou às pessoas designadas por elas para fazerem a cobrança. Quem não paga está passível de sofrer represálias.A reportagem percorreu oito áreas de prostituição de travestis localizadas na orla, no centro e na Cidade Baixa durante a noite e a madrugada dos dias 2, 3 e 4 de outubro. E constatou um estruturado esquema de "cafetinagem" em sete dessas áreas. São elas: Avenida 7 de Setembro, Avenida Barros Reis, Dois Leões, Itapuã, Piatã, Pituba e Sete Portas. Entre as áreas percorridas pelos jornalistas, apenas no Largo de Roma não existe cafetina, conforme depoimentos das travestis que atuam nesse ponto.Os relatos dão conta de que a cobrança por "pagar a rua" existe em todo o país e geralmente é feita às travestis que vêm de outras cidades ou estados. Daí o nome "pagar a rua".

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