O esquema de corrupção envolvendo empreiteiras, funcionários públicos e partidos políticos, por meio de fraudes em contratos com a Petrobras está "espalhado por vários órgãos", disse ontem o procurador Athayde Ribeiro Costa, integrante da força-tarefa da Lava-Jato. Ao apresentar a 16ª fase da investigação, Athayde comparou a corrupção a um câncer:Mais uma vez vimos que a corrupção é endêmica e os indicativos são é de que ela está espalhada por vários órgãos e em metástase - disse o procurador, na entrevista coletiva em Curitiba, repetindo comparação feita anteontem pelo procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, no Rio.A operação de ontem começou na delação de Dalton Avancini, ex-executivo da Camargo Corrêa (também investigada). Em 12 de março, Avancini declarou à Justiça que "havia um acordo de que o edital (de obras de Angra 3) seria direcionado no sentido de que tais empresas fossem vencedoras".
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