sexta-feira, março 27, 2015

A presença firme de Félix Júnior na CPI da Petrobras

“Vossa senhoria afirmou que o governo vem atuando fortemente para solucionar os problemas que a Operação Lava Jato apontou. O que está sendo efetivamente feito? A senhora conhece alguma ação ou manobra do governo para ajudar essas empresas a resolver essa situação? Possíveis acordos de leniência? Seria essa a atuação? A possibilidade de recontratar as mesmas empresas envolvidas?”. Estes foram alguns dos questionamentos feitos pelo deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) à ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, durante sessão da CPI da Petrobras realizada nesta quinta-feira (26). A ex-executiva da estatal compareceu à CPI na condição de testemunha, sendo acompanhada por três advogados. Foster disse que uma das medidas de combate à corrupção foi tomada assim que ela, na condição de presidente da empresa, teve acesso ao processo da Operação Lava Jato e às delações premiadas, principalmente as do ex-diretor Paulo Robert Costa e do doleiro Alberto Youssef. “Nós passamos a agir imediatamente. Por exemplo, aditivos de contratos assinados à época do ex-diretor não seriam mais aditivados; sim, em questões excepcionais. Nós contratamos escritórios independentes, um americano e um brasileiro, para fazer uma investigação interna, que eu falei um ano, mas já me corrigiram e que pode levar até três anos. Temos uma relação direta com a Polícia Federal. Nós criamos uma diretoria de governança, risco e conformidade. Então, o que eu pude fazer, foi feito”, argumentou. Na opinião de Félix Júnior, que é também o segundo vice-presidente da CPI, a ex-executiva da Petrobras mostrou-se disposta a colaborar com o avanço das investigações e deixou claro a fragilidade da estatal no acompanhamento e na gestão dos contratos assinados no período investigado pela comissão, que vai de 2005 a 2015, a exemplo da Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco. “É inadimissível que um projeto orçado inicialmente em 2,5 bilhões de dólares passe a custar 18 bilhões de dólares. Isso é, no mínimo, vergonhoso para a mais importante empresa do Brasil. Precisamos passar tudo isso a limpo para recuperar a Petrobras”, asseverou o pedetista. Redação: O Defensor

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