sexta-feira, fevereiro 27, 2015

Itabuna entra na luta pela paz - por Aldenes Meira

Por incrível que pareça, existe um fator positivo quando se chega ao fundo do poço. É que não dá para descer mais e a única alternativa é tentar subir. Ao que parece, é isso que Itabuna busca neste momento em que se encontra totalmente saturada com a violência. A cidade simplesmente cansou das manchetes negativas, dos homicídios cotidianos, dos índices que evidenciam a falência de nossos mecanismos de controle social e da segurança pública. Na condição de representante do poder legislativo municipal, é meu dever – bem como de todos os membros da Câmara de Vereadores – cobrar providências que venham a devolver a paz há tanto perdida em nossa cidade. Mas é necessário, antes de tudo, refletir sobre as causas que levaram Itabuna a chegar a essa tragédia, revelada em estatísticas terríveis, como a que nos coloca em primeiro lugar no ranking de homicídios de jovens na faixa etária de 12 a 18 anos, entre os municípios com mais de 200 mil habitantes (levantamento elaborado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Unicef, Observatório de Favelas e Laboratório de Análise da Violência do Estado do Rio de Janeiro). Os dados dessa pesquisa foram coletados em 2012, mas – números à parte – o que se vê no dia-a-dia dispensa qualquer dado estatístico.

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