Neste momento, 702 meninos e meninas estão em 46 instituições da capital, abandonados ou separados dos pais devido a maus-tratos, abuso ou negligência. Um alento contra a tristeza, maior nesta época, é o programa de apadrinhamento, que promete não deixar nenhum deles sem o acolhimento de uma família no Natal. Com sorte, podem emendar as férias de janeiro e até ser visitados o ano todo pelos protetores. Mas o que todos querem mesmo é ser adotados e ter uma família sempre. Para muitos a espera já é longa e a esperança esmorece. Como J., de 12 anos, que chegou ao primeiro abrigo aos 7 e acompanhou a adoção de todos os seis irmãos. Apesar de tudo, é um menino tímido e doce, capaz de emocionar a coordenadora da casa onde vive, Selma Soares, com o único presente que pode lhe dar: uma flor.
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