segunda-feira, setembro 01, 2014

País tem que investir o dobro para oferecer água e esgoto

Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) entregue aos presidenciáveis e ainda inédito mostra que o país precisará investir cerca de R$ 274,8 bilhões até 2033 para resolver o déficit de saneamento. O valor é o aporte necessário para atingir as metas de universalização traçadas para um período de 20 anos pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab). No ritmo atual de investimentos, nas contas da confederação, a universalização ocorreria em 50 anos. Os cálculos da CNI consideram a média de investimentos para a ampliação da capacidade de água e esgoto realizados nos últimos anos e a projeção da população para 2033. Segundo o estudo, em 2011 foram investidos R$ 9,2 bilhões nessas duas modalidades do setor de saneamento, na soma dos aportes realizados por operadores, estados e municípios. A CNI destacou que, entre 1995 e 2011, a média anual foi de R$ 6,3 bilhões. Entre 2012 e 2022, seriam necessários investimentos anuais da ordem de R$ 136,3 bilhões (média de R$ 12,4 bilhões anuais) para alcançar as metas estabelecidas no Plansab. Entre 2023 e 2033, o valor seria de R$ 138,5 bilhões (média de R$ 12,6 bilhões anuais). O estudo da CNI não engloba os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) de 2012, que foram divulgados este ano e mostram investimento de R$ 9,7 bilhões nos serviços de água e esgoto naquele ano. Desse valor, 90% foram aportados por prestadores de serviços, 6,4% por estados e 3,6% por municípios.

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