segunda-feira, agosto 18, 2014

Plano Setorial de Cultura Afro discutido em Itabuna

Integrantes da equipe gestora da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), responsável em Itabuna pela fomentação de políticas de desenvolvimento cultural e de apoio das ações afirmativas, participaram, no sábado (16), da Consulta Pública ao Plano Setorial da Cultura Afro Brasileira, que aconteceu no Ponto de Cultura da Associação do Culto Afro-Itabunense (ACAI). Durante o encontro, esboçaram-se os diversos aspectos que permeiam as atuais políticas de fomento da igualdade racial, da proteção e preservação das religiões de raízes africanas e da correção das injustiças históricas cometidas contra os negros. Na abertura dos trabalhos, o presidente da FICC disse que as ações afirmativas que visam uma equiparação entre negros e seus descendentes e outras parcelas da população são o resultado direto de que, efetivamente, tenta-se minimizar todas as mazelas cometidas contra os povos trazidos da África e seus descendentes. Na oportunidade, o Coletivo das Entidades Negras, em Itabuna, representado pelo professor e babalorixá, Rui Póvoas, pela ekede Lúcia de Iemanjá e pelo babalaxé Lula Dantas, entregou ao representante da Fundação Palmares (vinculada ao Ministério da Cultura), Lindivaldo Junior, um documento em que apresenta as demandas dos negros de Itabuna e da região, entre as quais, o apoio aos projetos sociais que ratificam o Orgulho Negro, tais como o Encantarte, coordenado no bairro Maria Pinheiro pelo líder comunitário Egnaldo França. Na próxima quinta-feira (21), a partir das 18hs, representantes do Conselho Municipal de Cultura se reunirão na Sala de Cinema da FICC para discutir aspectos locais das políticas de igualdade racial. Durante o encontro, líderes candomblecistas de Itabuna doaram para articuladores religiosos de Salvador algumas mudas da planta conhecida como “Obá-obá”, considerada como um elemento sagrado nas rodas e nos terreiros de Candomblé. A planta é muito sensível ao meio ambiente e nem sempre germina. O clima da cidade de Itabuna tem contribuído para que a planta cresça e se desenvolva. Com isso, foi possível doar algumas unidades que serão transferidas de Itabuna para Salvador, explicou Lula Dantas.​

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