“Mais de três milhões de baianos sofrem as consequências diretas da crise da lavoura cacaueira, que já dura mais de duas décadas. São anos de endividamento na luta contra a vassoura de bruxa, perda de terras para os bancos, êxodo rural de milhares de famílias, desemprego em massa, desmatamento da Mata Atlântica, e aumento da violência urbana. Isso precisa acabar. Após as quatro audiências públicas que realizamos na região – em Itabuna, Ubatã, Apuarema e Ubaitaba – é visível que os cacauicultores estão dispostos a marchar até Brasília para exigir a anistia das dívidas. Precisamos recuperar essa lavoura tão importante para a Bahia e o Brasil”. A afirmação é do coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Lavoura Cacaueira, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que realizou audiências públicas em Apuarema e Ubaitaba para discutir a Política de Preço Mínimo do cacau. As atividades aconteceram na Câmara Municipal de Apuarema e na sede do Rotary Club de Ubaitaba, e contaram com palestra do economista Wellington Duarte da Ceplac. A ausência de representação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão ligado ao Ministério da Agricultura responsável pela execução da Política de Preço Mínimo, bem como o preço mínimo atual de R$ 75 para a arroba da amêndoa de cacau, foram duramente criticados pelos cacauicultores.
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