Itabuna faz cabelo e barba com o Colo-Colo e lidera; jogo deve ir para o tapetão

O Itabuna repetiu o placar da 2ª rodada na primeira edição do Clássico do Cacau (01/05): 2 a 0 e reassumiu a liderança do Grupo 2 com 12 pontos, um a mais que o Flamengo de Guanambi que agora é o segundo colocado. Os gols foram marcados no segundo tempo dos pés de Paulo César e Wagner. O resultado do jogo está sub judice, já que o time ilheense vai entrar com uma representação junto a FBF, já que o Itabuna utilizou o patrocínio da rádio Difusora nas camisas o que é proibido pela Lei Pelé (veja matéria sobre a mídia, abaixo). Diretores do time ilheense fotografaram as camisas do IEC para serem anexadas ao processo que será entregue na sede da FBF nesta segunda feira (3). O responsável pelo Itabuna, Gabriel Silva, disse ao repórter Wesley Souza (rádio Jornal), que tinha conhecimento da proibição, mas mesmo assim permitiu a infração. Perguntado sobre o valor do contrato com a rádio, o dirigente se negou a responder. Estranhamente os valores das publicidades do Cidadelle e Bahiagás já foram anunciados, embora ainda não tenham sido inseridos nas camisas dos jogadores. Especula-se que o dinheiro do patrocínio foi oferecido por Tiago Feitosa, filho do deputado Geraldo Simões e um dos sócios da Difusora. Na próxima rodada (8/6), o Itabuna folga e só volta a atuar dia 15, em Guanambi, diante do Flamengo. Já o Colo-Colo enfrenta a mesma equipe no próximo sábado (8), em Ilhéus.

FICHA TÉCNICA
ITABUNA 2 X 0 COLO-COLO
Local: Estádio Luiz Viana Filho (Itabunão)
Data: 02/06/2013
Horário: 15 horas
Arbitragem: Johnn Herbert Alves Bispo (Salvador) (central), Jefferson Abel Ferreira Lima (Eunápolis) e Jucimar Paraíso Gonçalves (Ituberá) (assistentes)
Gol: Paulo César (35´2º)/Wagner (44´2º)
Renda: R$ 6.455,00
Público: 803

ITABUNA - Pedro Henrique; Diego Baiano, Clézio, Tiago e Lucas (Diego); Cláudio, Fabinho e Cleiton; Deivid (Luizinho), Robert (Paulo César) e Wagner. Técnico: Rodrigo Fonseca

COLO-COLO - Xande; Wesley (Tatu), Baby, Tom e Fred (Léo); Edenilson, Jarbas, William e Cleiton; Éder Baiano e Xande Pires. Técnico; Carlos Goiabão

MÍDIA - as rádios Jornal e Nacional protestaram por o Itabuna estar usando as camisas com a inscrição da rádio Difusora. Jota Hage (Jornal) arguiu se era permitido usar patrocínio de meios de comunicação em times de futebol e foi mais além: "cadê as logomarcas da Bahiagás e Cidadelle, os verdadeiros patrocinadores do Itabuna?". A legislação atual proíbe empresas de comunicação de patrocinar eventos desse tipo. A idéia é justamente impedir que uma emissora pegue carona nas transmissões de uma concorrente (no caso da TV). O que ninguém soube explicar é se a Difusora pagou pela publicidade ou se foi um gesto generoso da diretoria do clube pró RD em detrimento das demais. O episódio nos remete a final da Copa João Havelange 2000, quando o Vasco, à época dirigido por Eurico Miranda, entrou em campo com a logomarca do SBT nas camisas, para provocar a TV Globo, inimiga declarada do então dirigente. O jogo foi Vasco 3 x 1 São Caetano. O quinto parágrafo do artigo 27A da Lei Pelé estabelece que nenhum clube pode ser patrocinado por empresas de rádio e televisão. “O clube adversário tem até 48 horas após a entrega da súmula do jogo para acionar a Justiça Desportiva”, explica o advogado Heraldo Panhoca, especialista em legislação esportiva. “Nesse caso, o STJD teria três opções: marcar nova partida, declarar o time adversário vencedor ou até eliminar a equipe da competição”, completa.