Associação Comercial de Ilhéus e sindicatos se reúnem com o deputado federal Geraldo Simões
O presidente da (ACI) Associação Comercial de Ilhéus, Nilton Cruz, organizou na ultima sexta –feira,( 01), uma reunião com o Deputado Geraldo Simões e todos os empresários, sindicatos e os representantes da comunidade portuária de Ilhéus, com o proposito de discutir a nova MP Nº 595, de 6 de dezembro de 2012.Dispõe sobre a exploração direta e indireta, pela União, de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários, e dá outras providências. Durante a fala apresentação o Presidente da casa, Nilton Cruz, deixou bem claro: “A Medida Provisória que extingue a Lei 8.630/93, foi considerada entre a comunidade como pouco esclarecedora, centralizadora, e bastante conflitante por parte dos segmentos da sociedade portuária nacional, inclusive fazendo com que os parlamentares apresentassem até o momento 680 propostas de emendas ao projeto que serão analisadas e votadas pelo Congresso Nacional, antes que a medida se transforme em Lei, o papel da ACI não é ficar contra ou a favor da nova MP e sim intermediar e provocar o dialogo com os intermediários do Congresso e Senado para que os atuais trabalhadores, investidores e a economia do município de Ilhéus não venha m sofrer qualquer prejuízos.” Afirmou Nilton.“
Segundo o vice-presidente de Indústria Agricultura e Pesca, Libério Menezes Filho, “quando saiu a notícia da possível privatização, a comunidade portuária e todos os que trabalham no porto, inclusive empresários e industriais, ficaram assustados e não receberam com alegria, pois as explicações de Brasília diziam que o Porto de Ilhéus está entre os que têm possibilidade de passar para a iniciativa privada, já em 2013. Ocorre que pelo modelo proposto, o Porto de Ilhéus poderá ser concedido em um único pacote, onde constam todas as suas áreas, resultando na possibilidade de domínio total de um só grupo, sem possibilidade de concorrência, o que vai gerar monopólio, e poderá vir a privilegiar somente um determinado seguimento de carga.” Disse Libério. A Associação Comercial e a comunidade portuária de Ilhéus, seguem a linha que defende a imediata modernização do Porto de Ilhéus, por se tratar de um elo complementar na cadeia logística da cidade, neste momento em que se luta pela implantação do Porto Sul. Segundo o vice presidente de Comércio Exterior e Porto, Guilherme Coelho Menezes, ”não são duas estruturas conflitantes, mas sim convergentes”, afirma Guilherme. Durante a apresentação A ACI comercial, por meio do seu corpo de diretores, chamou a atenção de dois fatos: Com a privatização do terminal, as previsões do início de obras já aprovadas para o porto, tais como dragagem de aprofundamento, aterro de retro-áreas, estação de passageiros e prolongamento de cais, correm o risco de não mais acontecerem, interrompendo o processo de desenvolvimento e expansão desse importante vetor de desenvolvimento da região Sul da Bahia. Além do fato de existir uma Ação Civil Pública por dano ambiental e responsabilidade civil, onde o Ministério Público Federal obrigou a união a reparar o passivo ambiental nas praias ao norte de Ilhéus, São Miguel e São Domingos. Geraldo que já foi presidente da Companhia das docas do Estado da Bahia (Codeba), e conhecedor dos problemas portuários, adiantou-se aos questionamentos dos participantes e deixou bem claro que não concorda com a privatização, sempre se opôs e principalmente no modelo de concessão total. Ele explica que “venho acompanhando o desempenho do Porto de Ilhéus e entre os três portos públicos da Bahia em 2012, Ilhéus foi o que mais evoluiu em movimentação de cargas. Recentemente o jornal “Valor Econômico” publicou uma matéria incluindo o Porto de Ilhéus como sustentáculo do Porto Sul, pois é considerado estratégico e possível de operar com navios de médio porte, como vem acontecendo até agora o que não deixa de ser verdade. Atualmente, o porto está operando com o embarque de minérios de Brumado , níquel de Itagibá, milho e soja do Oeste Baiano, e o desembarque de cacau. O que não falta é cargas, basta ter obras de modernização do Porto.” Disse Geraldo. Continua, “pouca gente entende que o porto do Malhado é o nosso porto e para nós o mais importante. Quando ainda presidente da (Codeba), propus a troca com o município do Galpão do Antigo Porto pela área onde hoje funciona a Concha Acústica o que nos daria uma área de 300.000 m² e facilitaria uma área de maior circulação. Acabou não acontecendo, mas pode ser retomado. No meu entender concha acústica pode ser construída em qualquer lugar, mas um porto não.” Desabafa Geraldo. Geraldo propôs criar uma comissão para mostrar a viabilidade econômica e o número de trabalhadores envolvidos no porto Internacional do Malhado por meio de um projeto técnico para ser apresentado à comissão Especial de Portos do Congresso, assim como envolver os senadores Walter Pinheiro e Lidice da Mata. Sinalizou uma agenda para ampliar esta pauta com outras autoridades. “Eu não tenho dúvidas que o porto de Ilhéus está preparado o que falta são os equipamento de viabilização”. Finalizou Geraldo.
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